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Rei dos Fósseis

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Rei dos Fósseis

Os dinossauros ainda vivem entre nós. Nesses tempos de eleições a briga pelo território progride, os instintos estão a flor da pele. A impressão é que o mundo é perigoso e é necessário a todo custo manter o território. Vida – morte, prepotência e impotência e vence a lei do mais forte.
O Cérebro reptiliano (ou Complexo-R) é a parte mais primitiva de nosso cérebro. É responsável pelo comportamento automático, comportamento repetitivo e comportamento imitativo. Possui duas emoções básicas: agressão e medo, diretamente responsáveis pela sobrevivência do indivíduo (ser vivo).
O cérebro reptiliano é paranóico por natureza, pois para ele tudo é ameaça. Na verdade, ele passa cerca de vinte e cinco horas por dia rastreando e examinando tudo ao seu redor em busca de alguma ameaça em potencial. Situações, objetos, pessoas, outros seres vivos, ideias (diferentes das suas), crenças (que não sejam as suas), tudo pode ser uma ameaça.

É por isso que quando você tenta transmitir uma nova ideia a um amigo, inicialmente ele se sente ameaçado e tenta desqualificar você, dizendo coisas do tipo: “Ih, lá vem você com essas suas ideias mirabolantes” ou ainda: “Ih, lá vem você com essas suas teorias furadas”. Se você tentar mexer nas crenças dele então, aí ele vira ‘o bicho’, literalmente. É o cérebro reptiliano em ação, defendendo o território. Os líderes religiosos e os ditadores sabem muito bem como utilizar isso, através da propaganda massiva, da unificação da população em torno de uma causa (ou contra um inimigo) e da inteligente utilização do instinto o ditador (1)gregário, natural em grande parte dos seres vivos e, principalmente, nos seres humanos, que por conta desse instinto, se comportam literalmente como gado. Por isso, quando alguém é convertido a um novo sistema de crenças, que pode ser de cunho religioso, político ou outro qualquer, se você tentar alertá-lo, o convertido reagirá violentamente, como um animal (medo/agressão). Assim, basta ‘instalar’ a crença ou ideia na cabeça do ‘sujeito’ e depois, ele próprio se encarregará de defendê-la, com unhas e dentes.

O cérebro reptiliano é obsessivo por querer sempre mais. Mais território, mais posses, mais influencia, mais poder. Para ele, menos que tudo, é inaceitável, ele quer tudo, quer controlar tudo. Ele é doente por controle, quer o controle absoluto. Tudo o que está ao alcance de sua vista ou de seus sentidos tem que estar sob controle. E o controle tem que ser absoluto. Isso parece familiar para você, leitor? O cérebro reptiliano quer expandir sempre, o tempo todo. Por isso um empresário que tem dez caminhões, no ano seguinte quer ter cinquenta e no outro ano quer ter trezentos. Não se trata de crescimento empresarial e sim de ‘amealhar’ posses, território, controle.

E falando em expansão, assim também agem os lideres religiosos e políticos quando convencem seus fiéis a aliciarem mais adeptos para suas igrejas, templos ou partidos. Depois de convenientemente convencidos de que a sua religião ou partido é a única verdadeira e que todos os que seguem outras religiões e partidos devem se converter para esta, sob pena de estarem cometendo heresia, os fiéis saem para as ruas em busca de novos adeptos. E são muito bem treinados para isso, sabem como ninguém a arte do convencimento através do medo e da intimidação, já que estarão falando na maior parte do tempo com pessoas com pouca ou nenhuma instrução e nenhum conhecimento de teologia ou de política. Apenas observe como o número de igrejas é inversamente proporcional ao nível cultural, econômico e financeiro das comunidades onde elas se instalam. Eles estão realmente convencidos de que são portadores da ‘verdade’ e por isso eles vão de porta em porta levar a ‘palavra’. Você já viu algum líder religioso indo fazer pregação de porta em porta? Não, claro que não. Ele coloca seus ‘empregados’ para fazer isso. Cada religião, cada partido na figura de seus líderes e adeptos, está convencida de que ela é a única verdade e por isso ela assume a tarefa missioneira de levar a ‘palavra’ aos confins do mundo e expande seus territórios de influência usando os cérebros reptilianos dos seus seguidores.
Quanto mais medo, mais controle, mais poder.

É esse cérebro que vemos funcionando nas discussões sobre as eleições no Brasil. Dinossauros da direita e dinossauros da esquerda em uma briga insana sobre controle.
Imagem – Rei dos Fósseis – Dinosaures de Marseille Tarot

COMPLEXO-R (CÉREBRO REPTILIANO)

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