O Reino misterioso do inconsciente
As cartas dos Arcanos Maiores do Tarô, Sacerdotisa, Roda da Fortuna e Lua, simbolizam um mergulho profundo no mundo do inconsciente.
No Tarô Mitológico, Perséfone representa a Sacerdotisa. Ela é a Rainha das Trevas e guardiã dos segredos dos mortos. Hades, apaixonou – se perdidamente por Pérsefone, raptou-a e a fez comer da romã (fruto dos mortos) e a levou para o seu reino sombrio e durante três meses por ano, Pérsefone governa o mundo subterrâneo com o marido. Ela não pode contar aos outros, o que se passa nas entranhas do mundo dos mortos.
A Sacerdotisa, significa a conexão profunda com o mundo interior, o inconsciente, o despertar da consciência e é muito difícil exprimir em palavras esse mundo. Nele, só temos , rápidas visões, nos nossos sonhos, na nossa intuição, naquele cantinho da nossa alma que sabe que sabe. Esse mundo não pode ser dito, ele é sentido e na sacerdotisa é gerado para que em outro momento possa ser exposto à luz.
A Roda da Fortuna é representada pelas Moiras, a três deusas do Destino, as filhas da Mãe Noite. Cloto é a fiandeira, Láquesis a medidora e Átropos, a cortadora e aquela que não pode ser evitada. Por mais que não consigamos em palavras significar o destino, as três Moiras são forças ativas no nosso inconsciente. Temos consciência destas forças, quando elas agem por meios externos e trazem mudanças significativas em nossas vidas. A Roda da Fortuna, nos tira daquilo que é conhecido e cômodo e nos faz questionar o porquê das mudanças súbitas. Encontrar esse outro, que se esconde sobre o nosso ridículo e ilusório controle, faz com que percebamos que existem forças que desconhecemos quando o inconsciente irrompe. Geralmente , nesses momentos culpamos o carma, o outro que nos abandonou, o chefe que nos demitiu e esquecemos que somos nós que vamos ao encontro do destino. É por este motivo que temos medo das previsões do Tarô e da Astrologia ( trânsitos planetários). Eles demonstram ao Ego Controlador, que acha que tem o controle de tudo que a realidade não é bem assim.
E por fim, na viagem do Inconsciente damos de cara com Hécate ( Lua), onde perceberemos que existe um outro mundo, onde os nossos poderes se diluem e o ego, o eu, se perdem em medos, loucuras, alucinações, até que por fim, depois de um tempo de escuridão, podemos emergir a luz, tal como um novo nascimento.
Não dá para evoluir sem esse mergulho ao inconsciente. A vida dentro de nós não para e nos leva aonde tem que levar. Queiramos ou não.
Bibliografia recomendada – O Tarô Mitológico – Liz Greene e Juliet Sharman- Burke
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